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Grupo de tecnologia dos EUA diz que se tornou 'insustentável que nosso escritório na Rússia funcione'
Jennifer Creery em Hong Kong e Polina Ivanova em Varsóvia do Financial Times
A subsidiária russa do Google planeja pedir falência depois que as autoridades confiscaram sua conta bancária após uma série de confrontos entre Moscou e a gigante de tecnologia dos EUA sobre o conteúdo de seu site.
O Google disse ao Financial Times que a apreensão de sua conta “tornou insustentável o funcionamento de nosso escritório na Rússia, incluindo empregar e pagar funcionários russos, pagar fornecedores e fornecedores e cumprir outras obrigações financeiras”.
A Rússia multou repetidamente o Google no ano passado por sua recusa em remover conteúdo que Moscou não gosta e considera ilegal.
A invasão da Ucrânia pelo presidente Vladimir Putin e novas leis severas de censura intensificaram a pressão do governo nas plataformas de mídia social ocidentais nos últimos meses. As autoridades russas acusaram o YouTube do Google de participar de uma “guerra de informação” contra a Rússia e multaram a empresa por não excluir “conteúdo proibido” sobre a guerra na Ucrânia.
O YouTube bloqueou canais de mídia apoiados pelo Estado russo desde o início da guerra, depois de inicialmente impedi-los de anunciar.
Em aviso publicado nesta quarta-feira no Fedresurs, o registro financeiro da Rússia, a unidade russa do Google, disse que prevê desde 22 de março deste ano “sua própria falência e a impossibilidade de cumprir as obrigações financeiras”.
Apesar do pedido de falência iminente, o Google disse que continuará fornecendo serviços gratuitos para usuários na Rússia, incluindo busca, YouTube, Gmail, Maps, Android e Play. O YouTube é muito popular na Rússia e muitas pessoas ganham a vida através dos canais que ele carrega.
Os oficiais de justiça também foram enviados à divisão russa do Google no final de abril por não pagar uma multa de US$ 115 milhões imposta à empresa por um tribunal de Moscou em dezembro do ano passado, a maior multa russa já contra o grupo de tecnologia dos EUA.
A Alphabet, controladora do Google, disse que a receita da Rússia no ano passado chegou a cerca de US$ 2,6 bilhões, ou 1% de seu total, informou a Reuters.
A Rússia também baniu o Facebook e o Instagram desde a invasão da Ucrânia, determinando que as plataformas são “extremistas” e bloqueando o acesso a seus sites, com graus variados de sucesso, na tentativa de controlar as informações que os russos recebem online sobre a guerra.
Em seu lugar, buscou promover alternativas locais, como VKontakte e RuTube, uma plataforma de hospedagem de vídeos, ambas de propriedade da holding de mídia da gigante estatal russa de gás Gazprom.
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